Vislumbrei hoje a imagem do homem sentado sobre uma rolha que tampa a cratera de um vulcão, suportando uma enorme pressão. A rolha representa a razão e a alegria, a ordem. A lava do vulcão que pressiona é a tristeza, o caos e, em última análise, a morte. Baseado nessa imagem compus um poema que me ajudou a superar o dia de hoje. Ei-lo:
O que é que há? Não há o que dizer, ãh? O enxame de palavras inúteis só fere a consciência. Pregos, abelhas, pressão, morcegos, atabalhoadamente, batem, não, clausura, amargo, noite, escurescer, fatal, fome, só, pó, olhos, perder, ceguissimamente, mais, mais, outro, outro, igual. Só resta então rir e chorar, dormir e acordar, comer e cagar. Mas não, não! Absurdo! É preciso falar:
Oh sorte que nos damos a nós próprios
Oxalá essas eternas geleiras enfim movam-se
Oh vulcões extintos, colossos de vida armazenada,
Jorrai sobre nós o vosso inferno, que uma vez mais
Seremos água, rios, tempestades a bailar com a luz do raio
O que é que há? Não há o que dizer, ãh? O enxame de palavras inúteis só fere a consciência. Pregos, abelhas, pressão, morcegos, atabalhoadamente, batem, não, clausura, amargo, noite, escurescer, fatal, fome, só, pó, olhos, perder, ceguissimamente, mais, mais, outro, outro, igual. Só resta então rir e chorar, dormir e acordar, comer e cagar. Mas não, não! Absurdo! É preciso falar:
Oh sorte que nos damos a nós próprios
Oxalá essas eternas geleiras enfim movam-se
Oh vulcões extintos, colossos de vida armazenada,
Jorrai sobre nós o vosso inferno, que uma vez mais
Seremos água, rios, tempestades a bailar com a luz do raio
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