Alma sem corpo
Tímido-prepotente
Corpo sem sexo
Tímido-pretenso
Se é silêncio vai sem calma
Tímido-pedante
Se é palavra vem sem nexo
Pedaço medroso
Entre droga e complexo
Covarde na cova se enterra
Por medo de errar se ferra
Não geme nem goza, nem bebe, nem cheira
À beira da beira da viagem
Do tédio à vida à margem da morte
Ao herói que se partiu
Fica o gesso por troféu
Resta o êxtase da estática
Neste menos que um sozinho
(Mais pedra que caminho)
Soberano sob o zero
Sóbrio zero da Antártica
Houve então uma explosão
Todos os corações do mundo bateram de uma vez
Ouvi, ouvi e por mais que ouvisse
Nenhum disse meu nome
E a esse som chamei solidão
Não que seja o mal necessário
Mas se o céu se vê sem asa quando
Do canário o vôo s’engaiola
De só poder cantar só canta
E olha lá se vai o mal do canto seu na
Asa de cantar o vôo que decola o céu.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
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